terça-feira, 25 de setembro de 2012

MUNDO CORPORATIVO E UNIVERSO EDUCACIONAL


MUNDO CORPORATIVO E UNIVERSO EDUCACIONAL, NOVAS CONFIGURAÇÕES ESTÃO EM CURSO
 Daisy Grisolia, Renata Roncalli e Luiz Carlos Pereira Souza
Daisy Grisolia, Renata Roncalli e Luiz Carlos Pereira Souza

O programa “EMC²” da TV ABCD, do dia 21/09, contou com a presença de Renata Roncalli, Analista de Recursos Humanos, Daisy Grisolia, Professora e Webativista em Educação e o Pró-Reitor Acadêmico do Unítalo Luiz Carlos Pereira Souza que fez a mediação do debate e trouxe à cena perguntas realizadas por internautas que acompanharam o debate ao vivo.
O tema desse debate foi a Geração Y e sua relação com a Educação e com o Mundo corporativo. Como essa ponte está sendo construída? Luiz Carlos pergunta o que é a Geração Y?
Daisy responde que a Geração Y e demais gerações (Z, Milenium etc) são termos que definem em que ponto da história uma pessoa nasceu, em que ponto da história ela entrou no mundo. E a Geração Y abarca o grupo de pessoas que nasceu a partir da década de 1980 até 1985 e que possui uma relação com a tecnologia muito diferente das outras gerações anteriores, como a geração Baby Boomer, que nasceu por volta da década de 1950 e 60 e em a tecnologia não tinha esse caráter de universalidade que possui hoje.
A geração Y nasceu em uma época de mudanças e inovações tecnológicas constantes que afetaram a economia, a cultura e a educação no mundo todo.
Renata complementa relembrando que a geração Baby Boomer é a geração que nasceram após a 2ª Guerra Mundial (1945 a 1970), quando os soldados retornaram das guerras e o mundo viveu um período de maior estabilidade econômica e financeira. O termo refere-se a uma explosão populacional - Baby Boom em inglês. Uma época em que o trabalho construía carreiras longas em uma mesma área por anos, as mudanças tecnológicas não aconteciam com tanta rapidez, havia estabilidade financeira, e os países estavam sendo reconstruídos aos poucos, assim como também as relações familiares e profissionais.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Baby_boom
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Baby_boom

Após a Geração Y foi a vez da Geração X conhecida por Workaholics, pessoas que trabalhavam compulsivamente, muito ambiciosas por status, dinheiro e que almejavam rapidamente a gerência ou presidência das empresas. A Geração Y vem depois, valorizando uma ambição por mais conhecimento, desafio, no entanto, exigindo mais qualidade de vida, tempo para a família, autonomia e sentido para cada ação tomada. São jovens que adoram trabalhar em grupo, desejam o crescimento da empresa e gostam e precisam ver rapidamente os resultados do seu esforço.
Mais do que rótulos ou moda, Daisy adverte que esses termos são constatações de mudanças importantes. Hoje o indivíduo de tem 30 ou 35 anos viveu uma época de altos e baixo financeiros e crises mundiais, inflação, etc. Então são pessoas que entendem o mundo como algo que vive altos e baixos e exige das pessoas prudência. Já o indivíduo que nasce após a década de 1980 ele viveu um período maior de estabilidade e crescimento após o final da inflação no Brasil, e que não enfrentou nenhuma grande crise mundial até agora. Então esse indivíduo enxerga o mundo com uma perspectiva de melhora constante. E talvez por isso tenha um perfil mais criativo e otimista, mais dinâmico, voltado para inovações e para o futuro.
Luiz Carlos pergunta sobre aqueles que não são nem Y nem X. Daisy responde que essas gerações são sequências de faixas etárias e não apenas pais e filhos. O período de dez anos hoje significa uma série de mudanças brutais no padrão da sociedade. E acrescentamos que as pessoas podem inovar em suas próprias atitudes e não estão presas à época em que nasceram. Não é mais exigido de nós que cumpramos um padrão de ações pré-estabelecidos e esperados de nós, pelo contrário, o que nos é exigido é justamente a mudança, a criatividade, a exploração de novas habilidades e competências.
Renata nos fala sobre algumas características da Geração Y em relação ao mercado profissional. Essa geração valoriza muito a flexibilidade, o trabalho em casa e o empreendedorismo. Qualquer espaço é um bom espaço para o trabalho e para o desenvolvimento de um projeto. Muito do que se precisa para trabalhar está na internet, então uma estação de trabalho pode estar em qualquer lugar. Muitas empresas não entendem isso e querem manter o profissional por perto, e esse cenário tem mudado vagarosamente e a tendência é que, principalmente no setor de serviços, o trabalho seja cada vez mais no estilo homeoffice.
Daisy completa lembrando que a geração de “chefes” da época baby boomer viveu o período das grandes fábricas e da sociedade industrial em que o processo cultural e produtivo se dava por meio de uma “linha de montagem”, lembrando Henry Ford, em que tanto na educação quanto no trabalho, o indivíduo seguia uma série de padrões sequenciais em que a matéria-prima (pessoas) entra no processo e sai do outro lado, pronta em um ciclo que se repete por anos. Dos anos 1990 pra cá o setor de serviços, desenvolvimento e inteligência é a área que mais gera empregos hoje em dia. Agora o músculo dá lugar ao cérebro. Essas necessidades de espaço definido, cumprimento de horários rígidos, tem cedido espaço para novas demandas em que a flexibilidade é a palavra-chave.
Luiz Carlos recebe uma pergunta pelo chat sobre como as empresas enxergam os indivíduos da Geração Y, em que a maioria dos empregadores não sabem lidar com essas mudanças.
Daisy responde que toda a sociedade toda precisa mudar, pois todos querem a criatividade, no entanto, na prática muitos preferem manter o processo de trabalho como era antes, pois isso é mais confortável, previsível, controlável e seguro. Mas quem trabalha com criatividade e inovação precisa desenvolver o novo o tempo todo e o novo não possui padrão, o novo é inventado todos os dias. Hoje temos modelos novos para celulares a cada quinze dias. O padrão agora se desenvolve conforme o andar, ele não está pronto nem estará. Como estamos vivendo um período de transição, existe um conflito natural para conciliar duas visões e dois padrões de relação entre o mundo e o trabalho.
Renata Roncalli, Luiz Carlos Pereira Souza e Daisy Grisolia
Renata Roncalli, Luiz Carlos Pereira Souza e Daisy Grisolia

Está curtindo? Quer assistir mais? Acesse a reprise do debate e conheça mais sobre a TV ABCD e o programa EMC² entre no site e acompanhe a programação ao vivo e reprises, clique aqui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O InovarEduca agradece a sua visita, participe sempre! :)

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...