quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Meu projeto acabou... E agora?


Conheça os principais editais para projetos culturais para 2013 e saiba o que é Economia Criativa e Economia da Cultura
Sobre o desenvolvimento e economia da cultura existem duas áreas diferentes, definidas por termos que ainda não se consolidaram muito bem no Brasil: Economia Criativa e Economia da Cultura. Ana Carla Fonseca, economista, doutora em Urbanismo, autora de oito livros e conferencista e consultora Internacional que atende Órgãos públicos e privados e ONU, nos orienta que esses dois termos não são sinônimos.
O termo Economia da Cultura surge na década de 1960, por uma iniciativa cultural, uma época em que a indústria automobilística e a tecnologia estavam ganhando cada vez mais espaço e os empregos começavam a diminuir. “Os teatros, em especial da região da Broadway em Nova Iorque, contavam como ainda contam com recursos das fundações como Ford, Rockfeller e outras. Essas fundações começaram a ficar inquietas por que por mais que colocassem verbas e fossem verbas às vezes maiores às vezes constantes nesses teatros muito deles tinham dificuldade de sustentabilidade. Ficava a duvida, será que era malversação de recurso, será por falta gestão o que será que acontece que esses os recursos não são suficientes. Então encomendaram um estudo a dois economistas, Bauman e o Bowie que passaram a serem considerados os pais da economia da cultura para explicar esse enigma”.  (Fonte)
Hoje o bate-papo é com a produtora cultural Ana Fonseca. Mais uma Ana fera no assunto. ;) Ela também é bailarina, fundadora e diretora do Massala Diversidade Cultural, da Rádio Web Sessions Brasil (contemplado pelo Programa de Valorização de Iniciativas Culturais - VAI) e possui mais de dez anos em experiência na área projetos em diversos âmbitos culturais.
Ana Fonseca
Ana Fonseca

A equipe InovarEduca perguntou a Ana como anda o mercado de editais hoje?
“O mercado de editais está em um processo crescente já há algum tempo, de iniciativas privadas e públicas também. Porém, ao mesmo passo em que estão em maior quantidade e mais diversificados, estão mais exigentes também. Temos que ficar atentos sempre, pois cada edital está muito mais específico em suas exigências, acabou aquele senso comum de "mandar o mesmo projeto para vários editais".
Quais são os principais Editais que você recomenda para quem quer iniciar um projeto em 2013 e que valem a pena?
“Pra quem está começando e mora aqui em São Paulo, indico o Edital do Programa VAI (Valorização de Iniciativas Culturais) da Prefeitura. É um programa que acredito muito, que prioriza a diversidade cultural, que dá muitas oportunidades, tem técnicos dedicados e é muito parceiro mesmo de todos os proponentes. No Estado de São Paulo ainda tem o Proac, e as Leis de Incentivo Estaduais e Municipais, além do PROAC Editais. Para quem mora em Pernambuco, o Funcultura tem dado bons resultados, e as Prefeituras de Belo Horizonte e Curitiba estão com bons editais principalmente para artes cênicas.
Algumas instituições como o Sesi também abrem editais ótimos, e uma dica são os editais para projetos socioculturais que eu vi para 2013, como o do Fundo Brasil de Direitos Humanos e da UNI Women para projetos que trabalhem a questão da violência contra a mulher”.
Ana também nos conta um pouco sobre a dificuldade em elaborar os projetos para os editais e da importância de se preparar para isso:
“Quando me deparei com o primeiro edital, vi que não era coisa boba de se fazer. Mas também impossível não era. Deveria ter era muita, mas muita criatividade (que transbordasse o nível normal), atenção a todos os detalhes (especialmente os mínimos), cuidado, carinho, e calma (emoção deve ficar de lado na hora da escrita). Ter a cabeça fria para a montagem do projeto é mais que fundamental, mesmo se o coração esteja pegando fogo pela emoção de ver um “filho” (projeto) tomar corpo, crescer e ir para os braços de uma comissão julgadora.
O meu primeiro projeto, não foi exatamente um projeto. Foi uma monografia, uma tese. Poderia facilmente encadernar em capa dura e ser algum TCC. Porém, com o tempo e algumas reprovações, a gente aprende que, também na produção cultural, vale a regra “menos é mais”. Projetos coesos, objetivos, mas nunca, jamais, em tempo algum, incompleto. Deve ter tudo. Meia vírgula faltante é passível de reprovações.
Chegou um determinado momento, que mesmo “fuçando” bastante (porque quem trabalha com cultura é curioso por natureza), percebi que sim, devemos ter uma formação técnica. Atualmente, não tem como. Dentre os vários cursos existentes, escolhi o curso do Senac, em concepção de projetos e foi muitíssimo importante para os meus passos adiante. Hoje, mesmo tendo este e outros cursos na área de produção cultural, a falta que faz um estudo acadêmico é (para mim) gritante. Estou à frente do sistema de produção cultural de muitas coisas: da minha produtora (Massala, aqui mesmo rs), dirigindo a Rádio Sessions Brasil, e na comunicação do Coletivo Perifatividade. Ou seja, estudar virou questão obrigatória. Pós-graduação, aí vou eu”!

Em um dos seus artigos, no seu blog do Massala, você cita o Sebrae como uma das opções para estudar e entender melhor sobre como gerir um projeto cultural, fale mais sobre isso.
“O bom do SEBRAE é que eles ensinam a empreender, no meu caso, que tenho uma produtora, é ótimo porque me dá varias dicas de como tocar a empresa. No caso de quem trabalha especificamente com editais, é bom para aprender a gerenciar o orçamento, especialmente orçamentos grandes, e o produtor não vai ter contador, ou vai ficar de olho no trabalho do contador”.
Ana dá as dicas de onde pesquisar sobre o assunto e onde estudar:
Para pesquisar:





Para estudar:










Pesquisando mais sobre o assunto encontramos mais alguns links que podem ser úteis:


Leia mais sobre o assunto no blog Massala:



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