O Carnaval é a expressão do caos. O batuque ritmado na Bahia reflete no bater asas das borboletas na estação primeira de Helsinque.
O samba é movimento. O corpo acompanha o compasso da dança.
Parece o mato que invade florestas. Não precisa pedir permissão. A vida é o samba.
Eu não sou um folião. Gosto dos sambas, das mulheres e das cervejas. Mas essa mistura me deixa perdido no meio da corja da felicidade. Sou um observador participante.
O meu carnaval imaginário começa quando a festa termina. O Carnaval é a apoteose de um trampo. Pessoas trabalham o ano todo para poder explodir em alegria. Um orgasmo represado que mostra faz das ruas a explosão de sentidos.
Tudo isso é quase invisível. Está longe das câmeras da globo. Das celebridades, das rainhas que dançam semi nuas pelas pseudo avenidas do Brasil afora. Onde pessoas comuns se reúnem para fazer acontecer. O empreiteiros da colaboração refletem o melhor do Carnaval. A revolução nunca é televisionada.
Desde que o samba é samba é assim.
O Carnaval é estratégia. É o que mais se aproxima da ideia da politica das multidões. Uso como exemplo que com certeza escamoteia a verdade.
Pois, a multidão traz consigo o monstro revolucionário. Digo isso de forma metafórica. A festa não mais pertence às pessoas. O capitalismo desenfreado tomou conta da festa.
Mas a multidão é a contradição. Ela cresce com o perigo. Ela se reorganiza. Se refaz.
Carnaval também é processo. Ele acontece. Conta com uma organização implícita. Onde o improviso, a impermanência e a necessidade fazem da gambiarra a expressão do possível. A gambiarra como parte do processo criativo. Com uma chave de fenda e meia dúzia de ideias velhas podemos transformar o mundo.
O meu carnaval imaginário começa quando a festa termina. O Carnaval é a apoteose de um trampo. Pessoas trabalham o ano todo para poder explodir em alegria. Um orgasmo represado que mostra faz das ruas a explosão de sentidos.
Tudo isso é quase invisível. Está longe das câmeras da globo. Das celebridades, das rainhas que dançam semi nuas pelas pseudo avenidas do Brasil afora. Onde pessoas comuns se reúnem para fazer acontecer. O empreiteiros da colaboração refletem o melhor do Carnaval. A revolução nunca é televisionada.
Desde que o samba é samba é assim.
O Carnaval é estratégia. É o que mais se aproxima da ideia da politica das multidões. Uso como exemplo que com certeza escamoteia a verdade.
Pois, a multidão traz consigo o monstro revolucionário. Digo isso de forma metafórica. A festa não mais pertence às pessoas. O capitalismo desenfreado tomou conta da festa.
Mas a multidão é a contradição. Ela cresce com o perigo. Ela se reorganiza. Se refaz.
Carnaval também é processo. Ele acontece. Conta com uma organização implícita. Onde o improviso, a impermanência e a necessidade fazem da gambiarra a expressão do possível. A gambiarra como parte do processo criativo. Com uma chave de fenda e meia dúzia de ideias velhas podemos transformar o mundo.
MacGyver rules...
Mas não existiria essa confraternização pagã se não fosse a vontade das pessoas na construção coletiva. Onde as mascaras escondem os corpos suados e fazem da intenção, o gesto.
O gesto é o amor ao samba. Um guarda chuva de emoções. Que engloba a festa e todos os outros dias. Reproduz nas cordas de um cavaquinho. No tamborim, no reco-reco. O samba do criolo doido.
Hernani Dimantas é artista, escritor e webativista. Desde 1997 tem-se dedicado ao estudo, à discussão e à elaboração de projetos colaborativos em rede, publicando um número expressivo de artigos em livros, jornais e revistas sobre a Internet como um meio aberto à produção coletiva e destinado à troca de ideias e conhecimento entre as pessoas. Doutor pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Mestre em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Autor dos livros: Linkania: uma Teoria de Redes (2010) e Marketing Hacker (2003). Fundador e articulador do projeto MetaReciclagem. Fundador do lixoeletronico.org.
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